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Conselho saúde-beleza
Há pílula ideal?
Hoje resolvemos esclarecer todas as senhoras, que tomam a pilula e as que não tomam porque por algum motivo sentiram efeitos secundários e problemas de saúde, explicando o porquê de isso acontecer.
A descoberta da pílula, sem dúvida, proporcionou uma mudança radical no comportamento e no estilo de vida da mulher, permitindo-lhe planear a quantidade de filhos e o momento de tê-los, além de possibilitar a sua inserção no mercado de trabalho e em atividades outrora apenas para os homens. Mas nós queremos mais. Queremos anticoncepção aliada a outros benefícios. E é justamente isso que as pílulas modernas fazem.
Para tal é necessário explicar as diferenças entre as pílulas anticoncepcionais, porque não são todas iguais e não se destinam todas ao mesmo fim e o que resulta numa senhora poderá não resultar em outra.
Então vamos entender melhor essas vantagens. As pílulas mais usadas são as que contêm dois tipos de hormônios: estrogênio e progesterona. A dose do estrogênio e o tipo de progesterona variam e são responsáveis tanto pelos efeitos colaterais quanto pelos efeitos benéficos.
O estrogênio é sempre o mesmo: etinilestradiol (EE). As pílulas das nossas mães continham 100 µg de EE e por isso elas ganhavam peso e tinham muitos enjôos. Hoje, com o avanço da ciência, aliada à técnica farmacológica, conseguimos reduzir a dose, mantendo a mesma eficácia contraceptiva.
Quanto à dose, temos pílulas de média dosagem (35 µg), baixa dosagem (30 e 20 µg) e ultrabaixa dosagem (15 µg). Nem sempre as pílulas de 15 µg são as melhores, pois muitas mulheres apresentam “sangramentos de escape” mais frequentemente com essa dose bem baixinha, e a adaptação pode ser mais demorada.
É óptimo para adolescentes e para aquelas que tiveram efeitos colaterais com doses habituais (ganho de peso, náuseas, dores de cabeça e dores mamárias). É fácil saber qual a dose que está a tomar na parte de trás da embalagem. É bom ter em atenção também se os efeitos colaterais não serão motivados por algum esquecimento na toma dos comprimidos. Convém seguir as regras após esquecimento para evitar sintomas indesejáveis.
A progesterona é a responsável pela diferença nos efeitos adicionais dos anticoncepcionais. Trata-se de um progestágeno com ação mais androgênica, ou seja, mais similar aos hormônios masculinos. Com isso, em algumas mulheres predispostas, pode haver mais oleosidade da pele, acne e excesso de pêlos; em contrapartida, pode ser uma boa combinação quando se trata de queda da libido pelo uso de pílulas. Tudo isto é claro aliado à vontade temporária que todas nós já sentimos em certos momentos de "matar alguém" e não saber bem porquê!
Logo depois tivemos o desenvolvimento do gestodeno e do desogestrel, presente em uma infinidade de anticoncepcionais de segunda geração.
São ótimas pílulas, bem toleradas pela maioria das mulheres, mantendo-se intermediárias em relação à acção androgênica, bom controle de peso e boa ação na pele.
Um progestágeno mais antigo e presente em várias pílulas é o acetato de ciproterona (Diane 35, Selene, Diclin, Artemidis). Tem uma ação anti-androgênica bem mais potente, por isso é muito usada (mas não exclusivamente) por mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, onde as manifestações de acne, oleosidade de pele e excesso de pêlos são mais exuberantes.
Como muitas mulheres se queixam de inchaços e ganho de peso com os anticoncepcionais, foi desenvolvida uma progesterona com ação anti-androgênica potente e ação diurética: a drospirenona, presente na Yasminele.
Tem óptima acção na pele com boa manutenção de peso, combate a retenção de liquidos, o acne e a produção sebácia capilar e não reduz a libido.
Outra novidade no mercado é a progesterona clormadinona, presente no Belara. A proposta é uma boa ação anti-androgênica, com visíveis benefícios na pele sem alteração na libido. Vem associada a 30 µg de EE.Todas as pílulas melhoram a quantidade de fluxo menstrual e cólicas.
Como vocês podem ver, há pílulas para todos os gostos e tipos de organismo, por isso aquela que serve para a nossa amiga nem sempre é a melhor para nós. Para decidir qual é a melhor opção, discuta com seu médico os aspectos de pele, libido, cólicas, sintomas pré-menstruais e efeitos colaterais e de certo que vai encontrar uma que se adapta muito bem ao seu organismo. Boa sorte!
Deixamos ainda um resumo dos princípios activos de cada uma das pílulas disponíveis no mercado:
1ª Geração
Nomes comerciais mais conhecidos
Neovlar - Princípios ativos: Etinil-estradiol + levonorgestrel
Anfertil - Princípios ativos: Etinil-estradiol + norgestrel
Características: altas dosagens de estrogênio (etinil-estradiol) que provocavam muitos efeitos colaterais.
2ª Geração
Nomes comerciais mais conhecidos
Microvlar e Nordette - Princípios ativos: Etinil-estradiol + levonorgestrel
Microdiol - Princípios ativos: Etinil-estradiol + desogestrel
Gynera e Minulett - Princípios ativos: Etinil-estradiol + gestodeno
Diane 35 e Selene - Princípios ativos: Etinil-estradiol + ciproterona
Características: as doses de etinil-estradiol foram significativamente diminuídas e incorporaram-se a essa nova geração os progestogênios desogestrel, ciproterona e gestodeno.
3ª Geração
Nomes comerciais mais conhecidos
Ginesse – Princípios ativos: Etinil-estradiol + gestodeno
Femina, Malu, Mercilon – Princípios ativos: Etinil-estradiol + desogestrel
Mínima, Adoless, Minesse, Siblima – Princípios ativos: Etinil-estradiol + gestodeno
Level – Princípios ativos: Etinil-estradiol + levonorgestrel
Yasmim – Princípios ativos: Etinil-estradiol + drosperinona
Características: as dosagens de estrogênios diminuíram ainda mais. Além de algumas formulações manterem os progestogênios da segunda geração – levonorgestrel, gestodeno e desogestrel – a pílula Yasmin incorporou um novo progestogênio: a drosperinona.
Encontraram este e outros artigos disponiveis para leitura no separador espaço kiwi.
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